Guerra na Ucrânia: Petrobras vai aumentar preço dos combustíveis

Publicada em: 10/03/2022



Em resposta à guerra na Ucrânia, Estados Unidos decidem proibir a importação de petróleo da Rússia. Foto: drpepperscott230 / Pixabay

A Petrobras fará reajustes substanciais nos preços de três combustíveis fornecidos para as distribuidoras a partir de amanhã (11). A gasolina que é vendida para as distribuidoras terá um aumento médio de R$ 0,61 por litro. Com isso, o preço médio da gasolina produzida em suas refinarias passará de R$ 3,25 para R$ 3,86, um aumento percentual de 18,8%.

Já o preço médio do diesel passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, o que representa uma variação ainda maior - 24,9%. E, por fim, o GLP, popularmente conhecido como gás de cozinha, passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, o que equivale a um reajuste de 16,1%.

Segundo cálculos da Petrobras, esses reajustes vão acarretar no aumento de preços da gasolina e do diesel nas bombas em aproximadamente R$ 0,44 e R$ 0,81 por litro, respectivamente. Já o botijão de 13 kg do gás de cozinha terá um aumento de aproximadamente R$ 8,06 para os consumidores.

Guerra na Ucrânia e sanções à Rússia

O preço do petróleo no mercado internacional disparou após a invasão russa na Ucrânia devido às incertezas geradas pelo conflito. Dentre as sanções econômicas impostas pelos países ocidentais ao regime de Vladimir Putin, os Estados Unidos chegaram a proibir as importações de petróleo da Rússia.

Em 23 de fevereiro, um dia antes da invasão russa, o barril de petróleo do tipo Brent era negociado a US$ 96,84 em Nova Iorque. Depois de chegar a quase US$ 130 na terça-feira (08), o petróleo ainda continua sendo negociado acima de US$ 100 nesta quinta-feira (10).

O anúncio do novo reajuste nos combustíveis ocorre 3 dias após o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmar que a política de preços da Petrobras, que acompanha o mercado internacional, "não poderia continuar acontecendo", em entrevista à Rádio Folha, de Roraima. Hoje (10), o presidente se limitou a dizer para apoiadores que "não define o preço da Petrobras".

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