Preço da gasolina vai aumentar R$ 0,34 por litro, segundo Haddad

Publicada em: 28/02/2023



O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anuncia aumento da gasolina e etanol a partir de março. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Fazenda confirmou que o preço da gasolina vai aumentar em R$ 0,34 por litro a partir de amanhã (01). Já o etanol sofrerá um aumento de R$ 0,02 por litro. O aumento no preço dos combustíveis se deve à volta da cobrança dos tributos federais, PIS/PASEP e Cofins, sobre gasolina e etanol, cujas alíquotas estavam temporariamente reduzidas a zero por força da Lei Complementar nº 192/22 e da Medida Provisória nº 1.157/23.

O aumento no preço da gasolina só não foi maior porque a Petrobras decidiu reduzir o preço de venda às distribuidoras, coincidentemente, também a partir de amanhã (01). Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a reoneração da gasolina com os tributos federais aumentaria o combustível em R$ 0,47 por litro. Porém, com a redução de R$ 0,13 por litro no preço da gasolina A pela Petrobras, o aumento da gasolina, já compensado, será de R$ 0,34 por litro. Vale lembrar que esse preço é referente à gasolina A (gasolina "pura"), que é vendida às distribuidoras.

Dessa forma, a estimativa de aumento da gasolina para o consumidor final ficaria em torno de R$ 0,25 por litro, levando em consideração apenas os atuais níveis de composição da gasolina C (73% de gasolina A e 27% de etanol anidro). Analistas de mercado já previam o fato, tendo em vista a opinião do ministro da Fazenda, de que a empresa teria um "colchão" que poderia ser utilizado em caso de reoneração de tributos sobre os combustíveis.

Nova Política de Preços da Petrobras

A Petrobras também anunciou uma redução de R$ 0,08 por litro no preço do diesel que, por sua vez, seguirá sem cobrança de tributos federais até 31 de dezembro de 2023.

Embora Haddad tenha dito que a medida não representa uma modificação no Preço de Paridade Internacional (PPI), a política de preços praticada pela Petrobras, investidores reagiram com ceticismo ao grau de independência da companhia com o novo governo. As ações da Petrobras na Bolsa de São Paulo registraram queda de 4,38% (ordinárias) e 3,47% (preferenciais) no dia.

Em nota, a Petrobras não mencionou qualquer alteração em sua política de preços, e afirmou que a redução do preço de venda dos combustíveis às distribuidoras "busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente".

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